As PME são o coração do tecido empresarial em Portugal. A Covid-19 deixou um panorama difícil, mas ainda há oportunidades. Trata-se de suprir necessidades num contexto cada vez mais digital.
Descubra como organizar uma PME.
As pequenas e médias empresas constituem a maior parte da gestão empresarial do nosso país. Concretamente, segundo dados da Pordata*, 99,9% das empresas em Portugal são PME, ou seja, micro, pequenas e médias empresas — as quais empregam menos de 250 pessoas e cujo volume de negócios anual não excede os 50 milhões de euros.
A Covid-19 testou as administrações das PME. Muitas demonstraram a sua força e resiliência, mas outras encerraram (2.749 falências, segundo dados da Iberinform) nos primeiros 6 meses de 2020. A questão que se coloca então é a seguinte: será agora o melhor momento para nos lançarmos na direção e gestão de uma PME?
Não importa o que dizem os números, acreditamos que sim. Firmemente. Vivemos numa época de incerteza, o que significa que se abrem novas oportunidades. Tornou-se evidente a necessidade da digitalização das empresas, e muitas delas desencadearam essa transformação. Mas sozinhas não conseguem, precisam da ajuda de outras companhias. Por isso, se a sua ideia for boa e estiver disposto a concretizá-la, encorajamo-lo. Isso sim, conheça primeiro os desafios da gestão e administração das PMEs:
As PME em 2021 têm muitos desafios pela frente. A relação entre PME e teletrabalho é uma delas. Com o avanço da vacinação, o trabalho remoto já não será tão necessário como antes. Muitas empresas verificaram por si próprias os efeitos do teletrabalho: afetou a produtividade dos trabalhadores? E a rentabilidade dos projetos? Uma coisa é certa: muitas PME não estavam tecnologicamente preparadas para gerir a deslocalização das equipas. É um dos desafios mais importantes a resolver.
Outro desafio é a procura de parceiros. Parceiros, sócios, como quiser chamá-los: outros projetos para criar sinergias. O objetivo é gerar novas oportunidades de negócio, otimizar recursos, reduzir custos e riscos. O escopo digital é perfeito para isso: muitas PME não têm o expertise suficiente para renovar os seus processos internos com novas aplicações, e a sua empresa pode dar-lhes uma mão neste sentido.
Além da conjuntura, a direção das PME necessita de bases sólidas para crescer no tempo. Alguns conselhos que serão úteis para a gestão das PME são estas:
Estabeleça, por escrito e em pormenor, os objetivos da sua PME. Também as ações destinadas a alcançar esses objetivos, os prazos de que dispõe e os recursos que irá disponibilizar. Planificar significa traçar um caminho a seguir com uma meta clara. Isto ajuda-nos a prevenir os problemas e riscos que podem surgir. A planificação não nos prende por completo, e há sempre espaço para corrigir e repensar pelo caminho. No entanto, sem este documento de base, a direção-geral das PME terá muitos avanços e recuos.
A falta de liquidez, sobretudo no início, é um dos problemas na criação das PME. Constitui um travão ao impulso de muitos projetos. Recorrer ao financiamento a curto prazo com apólices de crédito é uma opção que, usada com moderação, ajudar-nos-á a paliar as limitações económicas iniciais e poder crescer com o projeto.
O que não é medido não existe. A improvisação pode ser útil no início, mas logo será preciso encontrar formas de medir o sucesso. Não existe um modelo de indicadores que se aplique igualmente à gestão comercial das PME. Depende do projeto, dos objetivos e das ambições. Em geral, o número de vendas é sempre um bom indicador. Há também outros mais qualitativos, como o engagement em redes para analisar o conhecimento da marca. Encontre os valores que a sua empresa precisa medir e não os perca de vista.
A relação com as Finanças pode ser tempestuosa, mas não podemos evitá-la. Temos de conhecer os prazos para fazer face às obrigações para com o fisco. Além disso, quer a Segurança Social quer as Finanças dispõem de prazos para atrasar os pagamentos, se necessário.
Tempo é dinheiro. E é o bem mais precioso em qualquer empresa. Usar o tempo de forma inteligente significa não ser escravo dos horários. Estabelecer processos úteis que levem a resultados e não perder tempo em tarefas sem valor. Para isso é muito importante a tecnologia: um ERP para PME pode poupar-lhe horas com automação de tarefas. Assim poderá dedicar mais tempo à criatividade, à inovação e à proposta de melhorias com valor acrescentado.
Dentro das imensas possibilidades de criação de uma PME, podemos encontrar nichos com potencial de crescimento se soubermos ler as necessidades do mercado. A consultoria tecnológica é uma das ferramentas a que pode recorrer para alcançar o sucesso da sua empresa.
Notas:
* Estudo Pordata